A relação entre web e Educação é um assunto discutido à um bom tempo. Os benefícios que o professor passou a ter com o auxílio das novas tecnologias no desempenho de suas funções, gerou resultados altamente positivos considerando o processo de ensino-aprendizado, logo, propiciou ao longo do tempo a criação de jogos, sites e ferramentas direcionadas especialmente para a área que contempla o Ensino. O Edmodo - rede social educativa de origem norte americana - promoveu integração entre alunos, professores, coordenação e até mesmo os pais, sendo utilizada no mundo acadêmico dos EUA.
A ideia é realmente brilhante. Aliás, toda criação com o intuito de dissipar o tradicionalismo e acompanhar as novas tendências é válida e proveitosa. Nós, enquanto alunos, necessitamos de meios que facilitem e aprimorem os estudos, e não há dúvidas de que o mundo virtual é o mais capacitado para isso.
Segundo uma publicação do site G1.globo.com, em dois anos o número de professores no Brasil que utilizam o computador em aula dobrou. Mas infelizmente isso não é o suficiente. É possível perceber na reportagem inúmeras falhas que acabam por dificultar esse processo de inclusão da tecnologia nas escolas públicas do país. O despreparo dos profissionais perante adequar proposta pedagógica e web, bem como a escassez de equipamentos e internet lenta são os principais pontos negativos encontrados em nossas escolas.
Por isso, a determinação do profissional nesse cenário é imprescindível. É nosso dever como educador enxergar apenas o lado positivo, executar nossa função da melhor forma e saber valorizar os resultados que surgem. Temos a missão de construir cidadãos capazes e qualificados, então, "bora" deixar o preconceito da era digital e a amargura perante o sistema de lado, levantar e fazer a diferença na vida de nossos alunos. Estamos aqui para isso.
O professor adentra a sala de aula com o desafio de lecionar no tempo máximo de 50 minutos, muitas vezes insuficiente para promover uma aula proveitosa, quem dirá desenvolver um bom relacionamento com a classe. Então, porque não deixar que a internet faça a mediação entre ambos?
Que os jovens são adeptos da tecnologia e das redes sociais, não é segredo pra ninguém; que muitos professores passaram a pertencer a essa realidade, talvez seja. A questão é o relacionamento virtual que ambos podem vir a desempenhar. Há quem diga não enxergar fatores positivos (tanto alunos como educadores), outros preferem deixar as barreiras de lado e afirmam não ver problemas, muito menos deixar de ter contato nesse ambiente.
Eu concordo com o segundo ponto de vista, porém reforço algumas medidas. Primeiramente, é fundamental que o profissional não deixe que a postura do aluno na rede social interfira na sala de aula - seja no tratamento ao mesmo, ou nas menções finais. A liberdade de expressão há de permanecer e ser respeitada, sobretudo por parte do mais velho que detém de maior conhecimento e experiência. Dessa forma, evitar ao máximo intervir sobre erros ortográficos, dar lições de morais ou fazer qualquer comentário que demonstre autoridade e deixe o indivíduo constrangido.
Além dos pontos positivos mensurados no artigo, destaco mais um: fortalecimento da sensibilidade. O aluno descobrirá que o professor(a) é gente como ele, que vai a festas, dança, se diverte e que talvez aquela seriedade apenas pertença a sua conduta profissional. Da mesma forma que o professor vê autonomia, criatividade, conhecimento - em poesia por exemplo - naquele aluno tímido, escondido no final da sala. A médio prazo ficarão mais próximos, construindo uma intimidade que ora não existia e que com certeza terá um reflexo positivo em sala de aula.
Em suma, esse contato no meio escolar é uma forma de desmentir a oração propagada por muitos, de que "a tecnologia afasta as pessoas." Pelo contrário: aproxima, fortalece e mantém um relacionamento saudável entre ex, atuais e futuros professores/alunos, promovendo sempre uma aprendizagem informal no instante que passam a trocar experiências.
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