terça-feira, 2 de junho de 2015

Ambientes colaborativos para Educadores


Aliando a tecnologia ao conhecimento – parte 2
No post anterior apresentei alguns ambientes colaborativos destinados aos estudantes (confira AQUI). Vimos que por meio deles é possível aumentar o conhecimento sem sair de casa, graças a disponibilidade de inúmeros conteúdos, exercícios e vídeos bem interessantes e totalmente gratuitos.
Dessa vez a dica é para os Educadores. Talvez você leciona a algum tempo, mas desconhece esses sites que foram criados para auxilia-lo na tarefa de ensinar, oportunizando a troca de informações e a disponibilidade de conteúdos inerentes a profissão. Vale a pena conferir!  (Basta clicar no nome que automaticamente será aberta a página do site).

1º - Portal do Professor


É um ambiente criado pelo Ministério da Ciência e Tecnologia com o intuito de enriquecer a prática pedagógica dos professores brasileiros. Nele é possível criar um intercâmbio de experiências, uma vez que profissionais do país inteiro podem compartilhar ideias, propostas de aulas e sugestões metodológicas para o desenvolvimento dos temas curriculares e de novas estratégias de ensino e aprendizagem.

2º Currículo+


O site é recente (foi criado em fevereiro de 2014), e já auxilia inúmeros professores e beneficia muitos alunos. Constitui uma plataforma online de conteúdos digitais (vídeos, videoaulas, jogos, animações, simuladores e infográficos), articulados com o Currículo do Estado de São Paulo e disponibilizados por uma equipe composta por Professores Coordenadores de Núcleo Pedagógico de diversas Diretorias de Ensino da Rede, representantes de todos os níveis de ensino e disciplinas do Currículo.
A principal proposta do Currículo+ é incentivar a utilização da tecnologia como recurso pedagógico para inspirar práticas inovadoras em sala de aula a fim de promover uma aprendizagem mais significativa. 

3º Gente que Educa


É um portal criado pela Fundação Victor Civita que disponibiliza materiais de apoio para professores que atuam da Educação Infantil ao Ensino médio. Também é possível compartilhar planos de aulas e readaptá-las conforme os objetivo propostos.

4º Site de dicas

Dicas sobre educação para pais e professores, softwares educativos e atividades para ensino infantil e fundamental, textos de literatura sobre as lendas e mitos do folclore brasileiro, fábulas ilustradas clássicas, jogos educativos, desafios lógicos, links, downloads e atividades escolares.

5º Educação On-line


Esse site visa utilizar a internet para tentar trazer aos professores, especialistas, psicólogos, pedagogos, psicopedagogos, educadores e outros, o que de mais recente tem acontecido no campo educacional no mundo. São informações que normalmente chegam com bastante atraso, levando-os à uma constante defasagem. 

6º Porvir


Aqui existem matérias com inúmeras informações sobre Educação, sendo extremamente proveitosas para os Educadores. Vale a pena acompanhá-las. 

7º Alô escola


O Site Alô Escola da TV Cultura reúne os conteúdos integrais de diversos programas produzidos pela TV Cultura e pelas Rádios Cultura AM e FM. Este rico material serve para complementar a atividade escolar, estimular o aprendizado, a pesquisa e auxiliar no aproveitamento escolar.

8º eLanguages


A eLanguages é uma comunidade global on-line de professores que compartilham ideias e atuam conjuntamente com seus alunos em projetos curriculares relevantes. O educador pode criar seu próprio perfil escolar, conhecer professores do mundo todo e compartilhar uma série de recursos para tornar seus projetos dinâmicos e interativos.

quarta-feira, 27 de maio de 2015

Minha 1ª WebQuest


A WebQuest é uma metodologia de pesquisa que possibilita o uso da internet na Educação, na qual os alunos buscam as informações dispostas na rede para construir seu conhecido. Essa ferramenta possui uma base construtivista, pois os próprios alunos assumem uma autonomia ao pesquisar, comparar, selecionar as informações para cumprir a tarefa que o professor criou. Além disso, desenvolvem habilidades de cooperação e compreendem que o saber, quando compartilhado, pode ser muito mais significativo.

Para criar uma Webquest basta acessar AQUI. O site é gratuito e de total confiança. Oportunize esse saber enriquecido a seus alunos. 

Vou compartilhar com vocês minha 1ª WebQuest. O tema que escolhi foi o Folclore Brasileiro (clique no link para acessar), pois considero extremamente importante os alunos compreenderem a cultura do nosso país. 


Ambientes colaborativos para Estudantes


Aliando a tecnologia ao conhecimento - parte 1

No século XX o poder centrava-se nas mãos daqueles que dominavam as técnicas necessárias para operar as máquinas do chão de fábrica. Hoje, século XXI, a realidade é diferente: o poder está nas mãos de quem possui conhecimento, e mais que isso, que sabe como aplicá-los para algo relevante em nossa sociedade.



Que a internet possibilitou o compartilhamento de informações e equalizou as oportunidades, não é novidade para ninguém. Mas afinal, você sabe como propagar seu aprendizado na rede?



Esse post irá sugerir alguns ambientes colaborativos para que possam aproveitar ao máximo enquanto navegam na internet, construindo cada vez mais conhecimento. Basta clicar no nome que automaticamente será aberta a página do site.






Esse site disponibiliza mais de 600 aulas, com vídeos, apostilas e exercícios, distribuídas entre as principais disciplinas mais cobradas nas provas de vestibulares. Para estudar através do Portal Aulalivre.net você só precisa fazer um cadastro na página e pronto, já está apto a freqüentar os matérias disponíveis na plataforma. Há também cursos ead (gratuitos e restrito para assinantes). Vale a pena conferir.







Esse site foi criado pela Fundação Getúlio Vargas e disponibiliza, gratuitamente, materiais relacionados ao ensino médio, Enem e vestibular. Você também pode avaliar seus conhecimentos a partir dos testes e simulados, basta efetuar o cadastro no site. 
 




O site oferece um plano de estudos personalizado. Você inicia fazendo um teste com 36 perguntas para identificar os pontos em que tem mais dificuldade e em quais já está craque. A partir desse feedback a plataforma direciona textos, vídeos e exercícios para que você foque no aprendizado das dificuldades, identificadas no teste inicial.






É uma plataforma educacional focada em conteúdo de alto desempenho didático para estudantes de Nível Médio e Superior. Foi fundada em 2012, com objetivo de oferecer aulas que valem a pena assistir, e hoje, a plataforma atinge mais de 500 mil pessoas mensalmente.

  

 
É um site criado pela Fundação Lemann, que tem como missão melhorar a qualidade do aprendizado dos alunos brasileiros. O Khan é Uma plataforma online fácil e divertida para você aprender matemática gratuitamente e de forma leve. São mais de 300 mil exercícios divertidos de matemática, nos mais variados assuntos.

 




Um site que você aprende idioma brincando. É totalmente gratuito e você pode jogar pelo celular, pois há o App disponível para Android, iOS e Windows Phone.Escolha o idioma, ganhe pontos ao acertar, aposte corrida contra o relógio e avance de nível. Agora não tem mais desculpa pra não falar um outro idioma, hein?!

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Coloquei os principais sites aqui no post. Mas, se ir além e pesquisar na internet, poderá encontrar muito mais. E lembre-se: utilize sempre a tecnologia a seu favor e potencialize seu conhecimento!!



domingo, 24 de maio de 2015

Você pode fazer a diferença



Sabe aquele momento em que a vida nos surpreende? Que certas coisas são colocadas em nosso caminho para refletirmos e sermos alguém melhor? Pois bem. Essa semana antes de uma avaliação na Universidade, fui pega de surpresa e tive um momento bem marcante.



Minha querida Maria Conceição (professora de Didática) iniciou a noite exibindo dois vídeos, com a finalidade de relacionarmos ao conteúdo estudado. Em decorrência da minha sensibilidade não foi fácil conter a emoção e em instantes estava com os olhos cheios d’água.



A mensagem é realmente maravilhosa, digna de ser compartilhada. Faço questão de postá-la no meu cantinho para que todos tenham a oportunidade de visualizá-la.




Assista e reflita sobre a missão que o Educador tem em mãos. E lembre-se: Acreditar que nossos alunos são capazes é essencial para que eles tenham sucesso escolar. 

quinta-feira, 21 de maio de 2015

20 de maio: Dia do Pedagogo

Oi gente. Sem textos longos dessa vez, prometo! A intenção era ter publicado essa mensagem ontem mesmo, porém alguns impasses surgiram e não pude mexer no blog. Mas antes tarde do que nunca, né?!

Até o ano passado, 20 de Maio era uma data comum, um dia como todos os outros para mim. Quem diria que, de uma hora para a outra, fosse significar tanto?! Ontem, logo ao acordar vizualizei um e-mail do professor Beto,  que sempre muito gentil e carinhoso reservou  um tempinho do seu dia para nos parabenizar, e ainda nos comprou pirulitos.. Ah, e também não posso esquecer de mencionar a maravilhosa professora Ana, que fez questão de ir até nossa sala alegrar nosso dia com palavras meigas e amorosas, acompanhadas de um delicioso chocolate.. fala sério, meus professores são os melhores!! 

Enfim, disse que não iria escrever muito. Só quero deixar registrado aqui meu primeiro 20 de Maio, a primeira das inúmeras comemorações que estão por vir. Foi mais um dia que tive a plena certeza que estou no caminho certo, que meus planos estão sendo abençoados e que é isso que desejo para o resto da minha vida. 

Escolhi educar. Escolhi amar. Escolhi cuidar. Escolhi plantar sementes para que um dia germinem. Escolhi contribuir para um mundo melhor. Escolhi formar cidadãos do bem. ESCOLHI PEDAGOGIA. E não há dúvidas que essas são as escolhas que me fazem cada vez mais feliz, realizada e com vontade de crescer.

#PedagogiaDoAmor #FuturaPedagoga #DeusHáDeAbençoar #FelizDiaDoPedagogo #FelicidadeTransbordando




Site  utilizado para criar a imagem: Easel.ly

quarta-feira, 13 de maio de 2015

Infográfico sobre os benefícios da leitura

Apresento-lhes meu primeiro infográfico. Para quem não conhece são representações visuais de informação, que tem como principal característica o dinamismo empregado para abordar determinado assunto. 
Podem ser criados gratuitamente em um site que disponibiliza um universo de designs e imagens prontas, ou se preferirem, é possível adicionar e fazer alterações: sua criatividade que manda! 




Site utilizado: Easel.ly

Eucaliptos ou Jequitibás?

   Há duas semanas precisei ler um livro para realizar um seminário na disciplina de História da Educação, a qual integrava o projeto ‘Universidade que lê’. Foram disponibilizadas 3 obras para que os alunos escolhessem e, conversando com meu grupo, optamos pela leitura de Rubem Alves. Fora a primeira oportunidade de mergulhar nos textos incríveis do autor, e me apaixonei instantaneamente.

   O livro em questão é “Conversas com quem gosta de ensinar” (1981) e como o título remete a obra é um diálogo com o Educador, e trás profundas reflexões ao abordar temas importantes como a formação do educador, a diferença entre o professor e o educador, o processo educacional e a qualidade total na educação. A leitura torna-se cada vez mais prazerosa pela abordagem de uma linguagem dinâmica e criativa, tornando o assunto mais interessante, e para isso utiliza histórias e até mesmo de fábulas para uma melhor compreensão do conteúdo.

   Não irei aprofundar os capítulos porque espero motivá-los a efetuar a leitura do livro no término dessa postagem - sobretudo aos profissionais que pertencem a essa área, seja a pouco ou muito tempo. Porém, quero deixar registrado uma das mensagens que mais me chamou atenção e que julgo uma das mais relevantes. Já no início Rubem enfatiza: “professor é profissão, não é algo que se define por dentro, por amor. Educador, ao contrário, não é profissão; é vocação. E toda vocação nasce de um grande amor, de uma grande esperança.” 

   Daí surge a comparação sobre Professor e Educador. Sob sua ótica professores são como eucaliptos”: há em abundância, são funcionários imersos em uma sociedade capitalista, com uma finalidade meramente comercial em criar indivíduos aptos a exercer funções no mercado de trabalho, e assim, contribuir para a produtividade do país. Apenas “dá a aula” ao aluno, deixando-o como elemento secundário no processo de ensino, dificultando a construção de uma aprendizagem mais significativa. Por outro lado “educadores são como jequitibás”: belos e raros; definidos por suas paixões, sonhos e esperanças, possuem uma maneira especial de compartilhar os conhecimentos, exercem a afetividade, buscam compreender o “por quê” de certos impasses que surgem eventualmente, despertam o interesse de aprender e criam situações para que o aluno seja ativo na construção do seu conhecimento, tornando-o significativo.

   Logo, temos a perspectiva que educar não é uma tarefa simples, tampouco fácil.  Requer acreditar na educação e lutar contra as inúmeras adversidades, manter as convicções e o mais importante: ter esperança que o pouco ou muito que temos em mãos é fundamental para a formação pessoal e social de cada um de nossos alunos.


   Por fim, quando lhe indagarem “o que você é” (remetendo a profissão), não responda automaticamente.. pare; reflita: Eucalipto ou Jequitibá? 




"Não haverá borboletas se a vida não passar por longas e silenciosas metamorfoses." Rubem Alves

terça-feira, 21 de abril de 2015

Inteligências Múltiplas


    Há duas semanas (precisamente em 06/04/2015) fui à Universidade para ter aula de Práticas Educacionais com a queridíssima professora Ana Maria. O objetivo do dia era pontuar os principais filósofos e pensadores que contribuíram positivamente para a Pedagogia ao decorrer dos séculos.

   Dentre todas personalidades incríveis mensuradas, uma delas me chamou atenção não só por seu estudo brilhante, mas principalmente pelo grau de relevância da sua utilização na Educação Contemporânea. 



Howard Gardner (1943).




















   O pensador em questão é Howard Gardner, criador da Teoria das Inteligências Múltiplas (obra: Frames of Mind, de 1983.). Ao desenvolvê-la, nos anos 80, provocou um grande impacto no âmbito pedagógico por considerar questões até então insignificantes. Anteriormente, o psicólogo francês Alfred Binet elaborou os famosos testes de QI (quociente de inteligência) padrão utilizado para a avaliação de inteligência que media, basicamente, a capacidade de dominar o raciocínio que hoje conhecemos como lógico-matemático, mas que durante muito tempo foi empregado para julgar se as crianças correspondiam (ou não) ao desempenho escolar esperado para a idade delas.

   O principal pressuposto dessa teoria é que possuímos habilidades diferenciadas para cada tipo de atividade e, portanto, possuímos mais de um tipo de inteligência (oito ao total), embora todos os tipos estejam interligados. Com o tempo, cada indivíduo desenvolve maior aptidão com essa ou com aquela, o que explica um indivíduo extremamente rápido em cálculos e péssimo em arte.

   Gardner considera duas implicações extremamente importantes, e que devem ser consideradas pelo educador ao longo do processo de ensino, com o objetivo de gerar aprendizagem:


1ª: Individualizar a Educação, ou seja, fazer com que o aluno seja capaz de aprender considerando sua perspectiva e particularidade na maneira de pensar, excluindo a prática de métodos iguais para todos. 

2ª: Pluralização, isto é, utilizar diversas metodologias para transmitir o conhecimento. Dessa forma, o professor conseguirá alcançar mais jovens, ou mais adultos, porque cada um se identifica e aprende mais com determinada ferramenta (filmes, vídeos, histórias, debates ou interações). Nesse momento, as tecnologias surgiram como uma forma mais simples para sistematizar a aplicação das ideias de Gardner em sala de aula. As ferramentas disponibilizadas (como games e plataformas adaptativas, por exemplo) facilitaram imensamente o dever do professor de propor novas didáticas e avaliar o desenvolvimento dos alunos.

   É fundamental que o educador modifique sua forma de avaliar, partindo do princípio que nem todos os alunos possuem os mesmos interesses e habilidades, e nem todos alunos aprendem da mesma maneira. É necessário, portanto, reconhecer, estimular e valorizar as diversas inteligências em seus alunos, a fim de propagar o verdadeiro aprendizado, excluindo práticas ultrapassadas de avaliações conteudistas e pré-julgamentos. Todos os alunos sabem alguma coisa, uma vez que estamos em situações de aprendizes a todo momento (de maneira formal ou informal), e o que sabem deve ser considerados pelo professor em sala de aula, com o intuito de construir novos conhecimentos e torna-lo significativo.


   Encerro esse post com uma frase que reforça que todos são capazes e que é função do professor propiciar situações de aprendizagem que valorizem e incentivem as habilidades e competências individuais, e com um vídeo do Chico Bento que exemplifica o conceito visto acima.

“As inteligências são múltiplas, assim como as formas de aprender.”

domingo, 5 de abril de 2015

Reflexão: Redes sociais na Educação



A relação entre web e Educação é um assunto discutido à um bom tempo. Os benefícios que o professor passou a ter com o auxílio das novas tecnologias no desempenho de suas funções, gerou resultados altamente positivos considerando o processo de ensino-aprendizado, logo, propiciou ao longo do tempo a criação de jogos, sites e ferramentas direcionadas especialmente para a área que contempla o Ensino. O Edmodo - rede social educativa de origem norte americana - promoveu integração entre alunos, professores, coordenação e até mesmo os pais, sendo utilizada no mundo acadêmico dos EUA. 

A ideia é realmente brilhante. Aliás, toda criação com o intuito de dissipar o tradicionalismo e acompanhar as novas tendências é válida e proveitosa. Nós, enquanto alunos, necessitamos de meios que facilitem e aprimorem os estudos, e não há dúvidas de que o mundo virtual é o mais capacitado para isso. 

Segundo uma publicação do site G1.globo.com, em dois anos o número de professores no Brasil que utilizam o computador em aula dobrou. Mas infelizmente isso não é o suficiente. É possível perceber na reportagem inúmeras falhas que acabam por dificultar esse processo de inclusão da tecnologia nas escolas públicas do país. O despreparo dos profissionais perante adequar proposta pedagógica e web, bem como a escassez de equipamentos e internet lenta são os principais pontos negativos encontrados em nossas escolas. 

Por isso, a determinação do profissional nesse cenário é imprescindível. É nosso dever como educador enxergar apenas o lado positivo, executar nossa função da melhor forma e saber valorizar os resultados que surgem. Temos a missão de construir cidadãos capazes e qualificados, então, "bora" deixar o preconceito da era digital e a amargura perante o sistema de lado, levantar e fazer a diferença na vida de nossos alunos. Estamos aqui para isso. 







O professor adentra a sala de aula com o desafio de lecionar no tempo máximo de 50 minutos, muitas vezes insuficiente para promover uma aula proveitosa, quem dirá desenvolver um bom relacionamento com a classe. Então, porque não deixar que a internet faça a mediação entre ambos?

Que os jovens são adeptos da tecnologia e das redes sociais, não é segredo pra ninguém; que muitos professores passaram a pertencer a essa realidade, talvez seja.  A questão é o relacionamento virtual que ambos podem vir a desempenhar. Há quem diga não enxergar fatores positivos (tanto alunos como educadores), outros preferem deixar as barreiras de lado e afirmam não ver problemas, muito menos deixar de ter contato nesse ambiente.

Eu concordo com o segundo ponto de vista, porém reforço algumas medidas. Primeiramente, é fundamental que o profissional não deixe que a postura do aluno na rede social interfira na sala de aula - seja no tratamento ao mesmo, ou nas menções finais. A liberdade de expressão há de permanecer e ser respeitada, sobretudo por parte do mais velho que detém de maior conhecimento e experiência. Dessa forma, evitar ao máximo intervir sobre erros ortográficos, dar lições de morais ou fazer qualquer comentário que demonstre autoridade e deixe o indivíduo constrangido. 

Além dos pontos positivos mensurados no artigo, destaco mais um: fortalecimento da sensibilidade. O aluno descobrirá que o professor(a) é gente como ele, que vai a festas, dança, se diverte e que talvez aquela seriedade apenas pertença a sua conduta profissional. Da mesma forma que o professor vê autonomia, criatividade, conhecimento - em poesia por exemplo - naquele aluno tímido, escondido no final da sala. A médio prazo ficarão mais próximos, construindo uma intimidade que ora não existia e que com certeza terá um reflexo positivo em sala de aula.

Em suma, esse contato no meio escolar é uma forma de desmentir a oração propagada por muitos, de que "a tecnologia afasta as pessoas." Pelo contrário: aproxima, fortalece e mantém um relacionamento saudável entre ex, atuais e futuros professores/alunos, promovendo sempre uma aprendizagem informal no instante que passam a trocar experiências. 


terça-feira, 24 de março de 2015

O professor como instrumento de mediação

   A escola é o ambiente onde nós somos inseridos desde os primeiros anos de vida. Exatamente por isso, torna-se o lugar onde além da alfabetização, aprendemos ao longo dos anos a desenvolver nosso intelecto, personalidade, vocações e rejeições. Assim como tudo no mundo passa por transformações e mudanças, os valores que envolvem educação não ficam de fora. O aluno de hoje não é igual ao aluno de 20 anos atrás, assim como o professor de hoje não pode ser semelhante ao que lhe educou. Acompanhar as novas necessidades é tarefa primordial do pedagogo do século XXI.

   Compreender quem são esses alunos é, portanto, o ponto inicial. Eles constituem a geração Z, já nascidos em um mundo globalizado onde se tem a tecnologia como instrumento de moldagem de suas personalidades, logo, traduz-se como a principal característica desse grupo. A digitalização do mundo, das relações, da vida é a realidade que se encontram esses adolescentes desde cedo, e ferramentas que ora eram atípicas, ganharam espaço e tornaram-se elementos básicos.  

   O educador deve estar preparado para o desafio que é lidar com esse novo público. Refiro-me a desafio porque é inevitável o choque das gerações, uma vez que a realidade fora completamente modificada. Todavia, esse conflito não pode ser maior do que a tarefa de ensinar. Novos alunos necessitam de novos métodos e de um novo professor.

   Segundo Rubem Alves: “É preciso que os aprendizados estejam ligados às situações vividas, caso contrário tudo é esquecido”. Dessa forma, como seguir lecionando apenas com quadro-negro e enciclopédias se nossas crianças não pertencem a esse contexto? Privá-los de uma educação mais dinâmica e tecnológica é ir contra sua realidade e, consequentemente, ir contra o verdadeiro aprendizado. Nota-se então, o quão retrogrado e tradicional é o modelo educacional brasileiro que acaba por aumentar o índice de analfabetismo funcional diante de alunos desinteressados em aprender.  


   O fato é que se utilizada corretamente, os benefícios concebidos pela tecnologia em sala de aula são diversos. Automaticamente já torna o processo de aprender mais rico e prazeroso por envolver o lúdico e pertencer à realidade da criança. A adaptação do professor nesse cenário é fundamental para que sejam capazes de adotar uma metodologia moderna, contribuindo com uma didática que permite o desenvolvimento do indivíduo como aluno. Integração, autonomia, capacidade lógica, são algumas características adquiridas pela criança no ambiente escolar perante a inovação na transmissão de conhecimentos. 

 

   Portanto, cabe ao professor mediar o aprendizado e torná-lo mais atrativo, divertido e interessante para os alunos. Deve conhecer as ferramentas que tem à sua disposição e dominá-las a fim de gerar aprendizado e formar cidadãos capazes de enfrentar desafios de uma sociedade em constante mudança.    


Professora auxiliando a tarefa no laboratório de informática.  


Tablet substituindo cadernos no ambiente escolar.


Utilizando o lúdico para ensinar.